
O Partido Liberal (PL) de Rio Claro está prestes a explodir. Com a direção provisória marcada para encerrar no dia 9 de fevereiro de 2025, a disputa pelo comando da legenda se intensifica, revelando um verdadeiro campo de batalha onde aliados de ontem viraram adversários de hoje. O ninho liberal está rachado, e cada um quer a chave do cofre partidário para chamar de sua.
Atualmente sob o comando de Neia Garcia, o PL local vive um momento de turbulência. Recém-nomeada Secretária Parlamentar do deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança, Neia tenta a todo custo segurar as rédeas do partido, mas enfrenta resistência dentro e fora da legenda. Sua candidatura a vereadora em 2024, que obteve modestos 1.027 votos, não foi suficiente para consolidar seu nome como liderança natural, e suas movimentações levantam questionamentos sobre sua real influência dentro do partido.
De outro lado, o polêmico vereador Moises Marques, conhecido pelo apoio da então deputada cassada Carla Zambelli, tenta se firmar como novo líder do PL. Com a queda de Zambelli, Marques agora busca uma nova bênça política e começa a se aproximar de Nikolas Ferreira, na esperança de manter-se relevante e viável para os planos do partido na cidade.
Enquanto isso, outro peso-pesado entra na disputa: Val Demarchi, com o suporte do ex-deputado Aldo Demarchi. O ex-parlamentar e sua família articulam nos bastidores para garantir a direção do PL, apostando numa estratégia que envolve a vereadora republicana Tiemi Nevoeiro. Os dois já bateram à porta do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, para firmar uma aliança e tentar tomar conta da legenda em Rio Claro.
Mas não para por aí. O ex-prefeito Rogério Guedes, derrotado nas eleições de 2024 com quase 38 mil votos, também se coloca como alternativa para liderar o PL. Nos bastidores, porém, o que se escuta é que Guedes carece de liderança e engajamento, algo que seu irmão e vereador pelo União Brasil, Rodrigo Guedes, tem de sobra. Já há quem diga que o verdadeiro nome forte da família para futuras disputas é Rodrigo, e não Rogério.
Fora do ninho do PL, as especulações correm soltas. Quem está de fora observa de camarote, esperando o melhor momento para tentar intervir ou colher os cacos de um possível esfacelamento do partido em Rio Claro. O tempo dirá quem sairá vencedor dessa guerra, mas uma coisa é certa: o relógio já está apitando e a mudança na direção provisória já tem data marcada.
No dia 9 de fevereiro, o despertador do PL vai tocar. A questão é: quem vai acordar no comando e quem será jogado para fora da cama?