A Escola Politécnica da UFRJ acertou um termo de cooperação com o Instituto Patrimonial Reditus, para apoio financeiro em projetos de alunos e de professores da instituição, concessão de bolsas aos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, e desenvolvimento de ações de mentorias e orientações acadêmicas, exercidas por professores ou ex-alunos.
Para formalizar a cooperação inédita na UFRJ, uma cerimônia foi realizada no dia 28 de novembro, na sede do Clube de Engenharia, com a presença do Reitor da UFRJ, Roberto Medronho. O acordo busca contribuir para mitigar os efeitos do atual cenário de restrições orçamentárias pelo qual passa a Universidade.
O apoio de iniciativas dessa natureza, seja financeiro ou com mentorias, certamente ajudarão para a formação de profissionais cada vez mais preparados para solucionar os problemas da sociedade.
A história do Instituto Reditus começou em 2011 com Daniel Spilberg, ex-aluno da Escola Politécnica, que, após receber uma bolsa para um intercâmbio na França, decidiu repassá-la para Raphael Sodero. Este, por sua vez, passou a bolsa adiante para Henrique Duarte, e assim surgiu a ideia de criar uma rede de apoio entre ex-alunos da Escola Politécnica da UFRJ. Motivados por essa experiência, fundaram o Instituto Reditus, em 2019, com o objetivo de promover a educação e apoiar a permanência dos estudantes da UFRJ por meio de um fundo patrimonial.
De acordo com Henrique Duarte, co-fundador do Reditus e CEO entre 2020 e 2023, a inspiração do grupo vem de um modelo aplicado nas maiores universidades do mundo, o endowment (termo em inglês que significa fundo patrimonial ou filantrópico). "É um modelo completamente comprovado lá fora. A cada dez alunos que se formam em Harvard, Stanford e Yale, três ou quatro doam para a universidade. Essa parceria aumentará significativamente o nosso impacto junto à Escola Politécnica e toda a UFRJ",
Inicialmente, o Instituto começou com um programa de mentoria e, ao longo dos anos, ampliou suas ações, como o Edital de Inovação, que já destinou mais de 750 mil reais a projetos da UFRJ. Em 2023, o Instituto lançou a Bolsa Reditus, que oferece apoio financeiro a alunos cotistas de baixa renda. Hoje, com mais de 60 membros voluntários, o Instituto busca transformar a educação no Brasil, criando iniciativas para apoiar alunos e ex-alunos da universidade.
Para o atual presidente do Instituto Reditus, Felipe Berger, a parceria entre a UFRJ e o Instituto Reditus é entendida como uma oportunidade para potencializar a comunidade da UFRJ para que seja ainda mais protagonista no progresso social, tecnológico e científico do Brasil.
– Com a parceria, permitimos que todo ex-aluno consiga retribuir a educação que recebeu da sua melhor forma. Juntos, vamos unir esforços para apoiar alunos e professores através de Editais de Inovações, de programas de mentoria e de bolsas com auxílio financeiro. Esses são apenas alguns exemplos de como a parceria entre a UFRJ e o Instituto Reditus pode transformar a trajetória dentro da Universidade.
Medalhas comemorativas
Através de uma parceria com a Casa da Moeda do Brasil, instituições e personalidades da Engenharia que tiveram participação representativa na história da Escola Politécnica, serão contempladas com medalhas comemorativas em bronze. Ao todo, 50 unidades serão concedidas. Ao final da cerimônia, aqueles que tiverem interesse em adquirir a lembrança, poderão efetuar a compra pelo site oficial da Casa da Moeda do Brasil, nas versões em bronze e também em prata.
No anverso da medalha, há imagens em destaque do antigo prédio da Escola Politécnica da UFRJ, situado no Largo São Francisco, e também de Visconde de Rio Branco, juntamente com as seguintes legendas: 150 anos do primeiro estabelecimento civil para o ensino de Engenharia; Visconde do Rio Branco; e Escola Polytechnica, com as datas de 1874 e 2024.
No reverso, a composição traz em destaque, sobre o fundo espelhado, a palavra/prefixo "Poli", que, além de ser referência carinhosa dos alunos, descreve sucintamente a natureza multiversa da instituição homenageada. Um arranjo com as legendas "Escola", "Técnica", "UFRJ", "1874" e "150 anos", encontra-se sobre um plano fosco texturizado por elementos gráficos que representam, da roda dentada ao circuito eletrônico, a evolução tecnológica ao longo do tempo. A história da instituição se funde à história da engenharia no Brasil.