
O Partido Liberal de Rio Claro viveu nos últimos meses uma disputa intensa pelo comando da sigla. Nos bastidores, sem alarde, um movimento liderado por Moisés Marques, figura polêmica e de oposição ferrenha ao governo municipal, culminou em sua ascensão à presidência do PL na cidade. Um processo conduzido com articulação discreta e apoio estratégico, que reposiciona o vereador como peça-chave no futuro político da legenda local.
A Chapa Vencedora e o Apoio de Derrite
Na disputa interna, Moisés Marques saiu vitorioso, consolidando sua liderança dentro do partido. A nova estrutura do PL ficou assim definida:
Presidente: Moisés Menezes Marques
Primeiro Vice-Presidente: Wagner Ferreira Soares
Secretário: Victor de Oliveira Roque
Tesoureira: Daiana Marques Costa
Vogal: Odete Marques Costa
Suplente do Diretório: Regys Binte
A conquista do comando da legenda não ocorreu sem respaldo. Moisés Marques contou com o apoio do então Secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Muraro Derrite, um nome forte dentro do PL paulista. Essa aliança foi fundamental para solidificar sua posição, garantindo a articulação necessária para superar adversários que tinham aspirações de liderar o partido.
Figuras de Peso Fora do Comando
A disputa vinha sendo feita de maneira acirrada entre representantes da Secretaria de Políticas para Mulheres, Valéria Bolsonaro, que mantém um comitê político camuflado do movimento Mulheres pela Fé, liderado pela servidora municipal afastada e assessora parlamentar Amanda Servidoni. Amanda não poupou esforços e recursos financeiros para tentar ganhar a disputa, envolvendo nomes de peso do governo municipal na tentativa de assegurar o controle do partido.
Outra peça de grande relevância disputando o PL foi o ex-prefeito e atual assessor parlamentar do Deputado Estadual Alex Madureira, Rogério Guedes. Com influência política consolidada, Guedes também entrou na disputa pelo comando da sigla, mas não obteve sucesso. No final, tanto Amanda Servidoni quanto Rogério Guedes sofreram uma derrota significativa, deixando o caminho livre para Moisés Marques assumir a presidência do partido.
O Futuro do PL de Rio Claro
Com o comando do partido em suas mãos, Moisés Marques terá a missão de unificar sua base e definir a estratégia do PL para os próximos embates políticos. Sua postura oposicionista ao prefeito Gustavo Perissinotto, com foco em denúncias na saúde e educação, pode colocar a legenda em uma rota de confronto com o governo municipal.
A grande questão que se impõe agora é: o PL de Rio Claro seguirá um caminho de oposição declarada, sob o comando de Moisés Marques, ou haverá um esforço para manter um equilíbrio interno, dado que parte dos vereadores da sigla tem se mantido alinhados ao prefeito? As próximas sessões legislativas e os movimentos internos do partido indicarão o rumo que essa nova configuração partidária tomará.
O jogo político em Rio Claro ganhou novos contornos, e o Partido Liberal, sob nova direção, pode ser um fator decisivo nas articulações para as eleições municipais futuras.