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Luiz Curinga

Republicanos na Corda Bamba: O Racha que Pode Sacudir Rio Claro

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A sessão extraordinária da Câmara Municipal de Rio Claro no dia 19 de fevereiro acendeu um sinal de alerta no tabuleiro político da cidade. O projeto de transformação do DAAE em empresa pública expôs uma fissura dentro do Republicanos, partido que, até então, caminhava como aliado da gestão do prefeito Gustavo Perissinotto. Mas os votos contrários dos vereadores Rafael Andreetta e Tiemi Nevoeiro trouxeram à tona uma questão fundamental: o Republicanos continuará na base do governo ou será alvo de uma intervenção superior?

O partido, que fez parte da chapa de reeleição de Gustavo, tem sua estrutura local comandada por Irander Augusto. Entretanto, sua ausência no Legislativo enfraquece sua articulação, afinal, no jogo político, como já diria o velho ditado, "manda quem tem voto". Com essa perda de influência, a governabilidade do Republicanos na cidade passa a ser uma incógnita. Será que Irander terá forças para reverter esse revés ou a direção estadual ou nacional do partido tomará as rédeas da situação?

Vale lembrar que a última modificação no Republicanos ocorreu com a retirada do atual secretário de turismo Guilherme Pizzirani, braço forte do prefeito, por Benedito Fernandes da Costa, o conhecido no meio político Tuzinho. Tem quem diga que o enfrentamento com o prefeito começou aí.

Os bastidores indicam que há um embate entre perfis semelhantes dentro do partido. Rafael Andreetta e Tiemi Nevoeiro são figuras polêmicas e, ao que tudo indica, a segunda já articula um voo mais alto. Fala-se que Tiemi deseja disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa e que, para viabilizar esse projeto, estaria buscando apoio da cúpula estadual do Republicanos para assumir o controle do diretório municipal. No entanto, uma outra narrativa ganha força: Tiemi já estaria com um pé no PL, aguardando apenas sua expulsão do Republicanos para não correr o risco de perder o mandato. Um movimento arriscado, mas que faz sentido dentro da dança das cadeiras partidárias.

Enquanto isso, outra personagem se fortalece dentro do Republicanos: Luana Pezzotti. Candidata a vereadora em 2024, ela tem ampliado sua musculatura política, principalmente com ações articuladas, como a chegada da Carreta do Amor em Rio Claro, projeto da deputada Maria Rosas. Além disso, Luana ocupa um cargo estratégico dentro da sigla, sendo Coordenadora Regional do Republicanos na Região Limeira/Rio Claro, o que pode aumentar ainda mais sua influência política.

Outro possível jogador nesse xadrez é Heitor Alves, vereador suplente que tem habilidade na articulação política. Com um perfil mais conciliador, ele pode despontar como alternativa para comandar o Republicanos local, caso o partido opte por um caminho menos turbulento.

Mas há outra questão que não pode ser ignorada: como o prefeito Gustavo Perissinotto reagirá a essa rebeldia dentro de sua base? É pouco provável que os votos contrários ao projeto do DAAE passem sem consequências. Os indicados do Republicanos em cargos comissionados na prefeitura podem sofrer retaliações, caso o prefeito resolva exercer sua liderança com pulso firme. Afinal, na primeira sessão extraordinária, sua articulação foi eficiente, mas será que ele conseguirá manter essa força ao longo das próximas semanas?

O Republicanos, que até então navegava com relativa tranquilidade no governo, agora enfrenta um dilema. Seguirá unido sob a liderança de Irander? Sofrerá uma intervenção estadual? Ou ruirá com desfiliações estratégicas? O jogo está apenas começando, e os próximos capítulos prometem ser ainda mais movimentados.


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